Rápidos e atentos, cadeirantes dão um show no tênis

Eles estão atentos a cada movimento, são ágeis e têm revelado habilidades quando estão nas quadras. São os cadeirantes que participam das aulas de tênis ministradas na Sociedade Recreativa Mampituba. O projeto surgiu a partir de uma aula experimental e tem o objetivo de incentivar o paradesporto, bem como formar atletas para as paraolimpíadas de 2020. As aulas de tênis para os cadeirantes acontecem sempre nas segundas e quarta-feiras, das 14 às 16 horas.

Um dos instrutores, Edlyn Mendes Luiz, destaca que como os cadeirantes que iniciaram a prática de tênis no Clube já tem uma vida esportiva bastante ativa em função de também praticarem handebol, acabam apresentando bastante facilidade com a atividade. “Um dos maiores desafios está no fato deles terem que segurar a raquete com uma mão e movimentarem a cadeira de rodas com a outra, mas de forma geral todos são muito esforçados e querem representar o Clube em competições”, sublinha.

Para Júlio Cesar Rodrigues, que participa das aulas, o projeto da Sociedade Recreativa Mampituba representa uma nova oportunidade. “A iniciativa é muito importante. No handebol já somos a segunda melhor equipe de Santa Catarina na nossa categoria. Quem sabe em breve formaremos também uma equipe de tênis vencedora”, salienta.

Iniciativa promissora

A ideia de oferecer aulas regulares de tênis aos cadeirantes surgiu a partir da realização de uma aula experimental, em abril deste ano. Na época, a ação foi desenvolvida pelo Mampituba em parceria com a Associação Vida Ativa – entidade que presta suporte aos cadeirantes, a instituição de ensino Satc – onde os paratletas já praticam handebol, e a empresa UNQ Importação e Exportação – que facilitou o contato entre ambas as organizações.

Ao transformar uma aula experimental em algo mais concreto, a intenção é formar um grupo de alto rendimento no tênis para cadeirantes. “Vê-los representando o Clube em importantes competições no paratletismo é o grande objetivo”, destaca um dos idealizadores do projeto, o empresário Marcelo Raupp. Conforme ele, o período agora é de aprendizagem e adaptação. “O esporte é motivador e queremos desenvolver estes atletas para que participem das próximas Paraolimpíadas”, sublinha.

O Presidente da Sociedade Recreativa Mampituba, Arcílio Fabris, destaca a satisfação em poder proporcionar oportunidades aos atletas cadeirantes. “O Clube já está buscando recursos para oferecer cada vez mais apoio a eles. Tenho a certeza de que nos jogos olímpicos e paraolímpicos de 2020, vários atletas representarão o Mampituba”, finaliza.

Vanessa Nórdio / Imprensa SR Mampituba
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